STEPHANY METÓDIO é uma mulher negra, agrestina e antirracista, natural de Garanhuns – PE. Artista que cria e artista que produz, transita entre a cena, os bastidores e a palavra. É atriz, narratriz (contadora de histórias), poeta, arte-educadora, produtora, curadora e gestora cultural. Graduada em Letras com ênfase em Língua Portuguesa e suas Literaturas pela Universidade de Pernambuco, é graduanda em Secretariado Executivo Bilíngue pela FAHUG e pós-graduada em Educação Intercultural Indígena-Quilombola Antirracista pelo IFPE - Garanhuns. É fundadora e CEO do Coletivo Tear, do espaço cultural Aldeia Tear, do Selo Musical Studio Tear e da editora cartonera Severina Catadora. Integra também o grupo gestor da RIPA – Rede Interiorana de Produtores, Técnicos e Artistas de Pernambuco, além de ser pesquisadora da tradição oral africana e afro-brasileira. Em 2021, atuou como Gerente de Cultura da Secult Garanhuns, e atualmente é professora de Produção Cultural e Economia Criativa no curso de EJA do Sesc/Senac – Garanhuns. Já ministrou aulas também nos programas de equidade de gênero do Porto Digital MINAS (Mulheres em Inovação, Negócios e Artes), tanto para mulheres quanto para pessoas trans e travestis, nos cursos de Qualificação em Produção Cultural Executiva, realizados no Armazém da Criatividade, em Caruaru – PE. Na música, é responsável pela gestão e produção artística de Revoredo e Gabi da Pele Preta, além de ser idealizadora e curadora das mostras de música autoral STUDIO TEAR e Mostra Mundaú de Canções. No audiovisual, idealizou e produziu o curta-metragem “Gonzaga de Garanhuns: O Rei e o Reisado”, e é criadora do Cineclubinho Malunguinho, cineclube infantil itinerante e antirracista. Na cultura popular e no campo do patrimônio, é autora da pesquisa, argumento e responsável pela inscrição que garantiu o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco à banda de pífano quilombola do Castainho, o Folclore Verde – um dos maiores marcos de sua atuação cultural. Atualmente, também assina a produção do projeto “Visto, o que é meu!”, idealizado pela historiadora e designer de moda Katarina Barbosa. Como artista das artes cênicas, desenvolve uma pesquisa voltada à tradição oral da diáspora africana. É criadora do projeto-guarda-chuva Ateliê de Oralidades "Claiô", que abriga iniciativas voltadas às oralidades africanas, negras e agrestinas. Nesse campo, atua e dirige os espetáculos de narração oral: “Luanda Ruanda – Histórias Africanas” “Ayô – Histórias de Griô” “Histórias da Caixola” Na literatura, circula com a aula-espetáculo “O Livro em Cena”, produziu o vídeocast “Itan Nilé” e ministra a oficina para crianças “Minha história eu vou contar lá no pé do Baobá”, voltada à valorização da oralidade afro-brasileira. Em 2024, integrou a antologia “Agreste Mulher”, organizada pela poeta Fernanda Limão e publicada pela Editora VacaTussa. Em 2025, lançará o livro-catálogo “Histórias do Amanhã”, reunindo narrativas orais agrestinas, reafirmando seu compromisso com a memória, o território e a ancestralidade.